PEFI prepara adultos para terem sua própria fonte de renda

 Alunos do curso de padaria e confeitaria aprendem receitas comerciais e caseiras em aula conjunta

 

Uma atividade conjunta entre os cursos de padaria e confeitaria oferecidos pelo Centro de Esporte, Cultura e Lazer do PEFI (Parque Estadual das Fontes do Ipiranga) reuniu 20 alunos na manhã do dia 22 de maio.  Seguindo as receitas escritas na lousa, mas com muitas ideias na cabeça, os alunos puderam dar vazão a sua capacidade criadora decorando os minibolos de pasta americana que fizeram individualmente. Em conjunto, foi preparado um bolo maior, além de várias fornadas de pão de mandioca recheado.

Não só os alimentos preparados foram distintos, como os focos da receita também eram diferentes: a preparação do minibolo seguia uma receita caseira; já a do pão era uma receita comercial, rotineira de padarias e supermercados. Segundo Camila Magalhães Paz, 27, nutricionista e coordenadora dos cursos, o objetivo das aulas ministradas gratuitamente é exatamente este: "Os cursos são uma forma de os alunos aprenderem a trabalhar fora, ou mesmo vender os alimentos em casa". O mais importante, de acordo com Camila, é que ao término do curso os alunos tenham uma fonte de geração de renda e conquistem sua autonomia financeira.

Há três anos no PEFI, os cursos de iniciação básica em Padaria e Confeitaria são oferecidos pela entidade social Mamãe, conveniada da Seads, e recebem o aval do Senai.  São seis turmas de 20 alunos cada, sendo que destas, duas são de padaria e quatro são de confeitaria. Os alunos podem optar em fazer apenas um dos dois cursos, cursá-los ao mesmo tempo ou fazê-los separadamente, iniciando um após o término do outro. Ambos têm a duração de quatro meses.

Maria Aparecida Ramos, 52, desempregada, é uma dessas pessoas. Ficou sabendo do curso de padaria pelo seu irmão. Já formada, hoje está aprendendo a confeitar com a professora Maria Regina Veloso, 57, técnica em padaria e confeitaria. O que mais atrai a aluna no curso é a capacidade de exercitar sua criatividade: "Nossa professora está sempre aberta a novas receitas e nos dá muitas dicas". "Todo mundo pensa que confeitaria é só bolo, mas confeitaria é um pouco de tudo", explica Regina. Sua grande preocupação é que os alunos consigam um emprego na área.

Exemplo de um caso de sucesso é Cleiton Oliveira, 18 anos, ex-aluno dos dois cursos na unidade Santa Teresinha e hoje monitor dos mesmos no PEFI. Precoce, o rapaz se formou aos 16 anos e hoje pensa em cursar uma faculdade de gastronomia. Também com vontade de aprender mais, o caixa de padaria Rodrigo Rocha, 30, se esforça para acompanhar as aulas e cumprir seu turno de trabalho à noite. Para ele, o sacrifício vale a pena: "cada dia a gente aprende uma coisa diferente", afirmou, depois de terminar seu brownie.

Ressaltando o caráter profissional da atividade, Camila avaliou comercialmente os bolinhos preparados pelos alunos no final da aula e deu bronca em quem deixou o recheio sair de dentro do pão de mandioca. "A gente também come com os olhos", ponderou a coordenadora dos cursos. Todos os alimentos preparados durante a aula destinam-se ao lanche das crianças e adolescentes beneficiários de ações do Centro de Esporte, Cultura e Lazer do PEFI, e ao café da manhã dos funcionários.
 

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